Título: Puros
Série Puros - Livro 1
Título original: Pure (Pure #1)
Autor: Julianna Baggott
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Sinopse: Pressia pouco se lembra das Explosões ou de sua vida no Antes. Deitada no armário de dormir, nos fundos de uma antiga barbearia em ruínas onde se esconde com o avô, ela pensa em tudo o que foi perdido — como um mundo com parques incríveis, cinemas, festas de aniversário, pais e mães foi reduzido a somente cinzas e poeira, cicatrizes, queimaduras, corpos mutilados e fundidos. Agora, em uma época em que todos os jovens são obrigados a se entregar às milícias para, com sorte, serem treinados ou, se tiverem azar, abatidos, Pressia não pode mais fingir que ainda é uma criança. Sua única saída é fugir. Houve, porém, quem escapasse ileso do Apocalipse. Esses são os Puros, mantidos a salvo das cinzas pelo Domo, que protege seus corpos saudáveis e superiores. Partridge é um desses privilegiados, mas não se sente assim. Filho de um dos homens mais influentes do Domo, ele, assim como Pressia, pensa nas perdas. Talvez porque sua própria família se desfez: o pai é emocionalmente distante, o irmão cometeu o suicídio e a mãe não conseguiu chegar ao abrigo do Domo. Ou talvez seja a claustrofobia, a sensação de que o Domo se transformou em uma prisão de regras extremamente rígidas. Quando uma frase dita sem querer dá a entender que sua mãe pode estar viva, ele arrisca tudo e sai à sua procura. Dois universos opostos se chocam quando Pressia e Partridge se encontram. Porém, eles logo percebem que para alcançarem o que desejam — e continuar vivos — precisarão unir suas forças.
Resenha: “Puros”
é um romance distópico perturbador, que gira em torno da sobrevivência e de
destruições surreais. A história é muito inovadora, mas é muito difícil tentar
imaginar a situação apresentada pela autora Juliana Baggott. Digo isso porque o caos se tornou iminente e muitas
coisas estranhas acontecem, só que para essas pessoas tudo já se tornou muito
casual e sem argumentos.
As pessoas se deformaram por causa das
Explosões e acabaram se fundindo a qualquer objeto ou ser que esteja ao redor
(qualquer coisa mesmo: é espantoso!). A atmosfera é bastante pesada e
devastadora, e como já era mesmo de se esperar há muitos segredos, enigmas e
peculiaridades cruciais.
As pessoas vivem com medo diante da pressão apresenta
pelo novo governo. Claro que as fusões se encarregam de lembrar todo o
sofrimento e agonia pelo que passaram – principalmente por causa das perdas e
dores intermináveis – e o quanto ainda precisam lutar nesta batalha.
Assim que as pessoas completam
dezesseis anos são levados para um lugar que poucos sabem a respeito, muito
menos sobre suas influencias e decisões para o futuro. O grupo encarregado
pelas pessoas que se entregam se chama Operação Bendita Revolução (OBR) e são
muito categóricos e rigorosos em cada ato efetivado.
Pressia é uma menina corajosa e faz de tudo
para se manter escondida diante das ameaças. Vive dentro de um armário e não vê
a hora de completar dezesseis anos para ver se ocorre alguma mudança positiva
em sua existência. Ela ainda era uma criança quando tudo ocorreu e acabou sendo
fundida com a sua boneca, no lugar de uma de suas mãos.
Partridge é considerado um Puro, já que se
mantém em segurança de todo o ambiente miserável, composto por feras perigosas
e bizarras. O problema é que o garoto sente que precisa desvendar os tantos
mistérios sobre o ambiente em que vive e por isso percorre por um lugar ainda
mais hostil. Quando ele e Pressia se
encontram, surge novas perspectivas para ir em busca de respostas para seus principais
problemas.
A narração é contada pelos pontos de
vista assustadores dos personagens mais determinantes, facilitando o
entendimento das atitudes de cada um. Todos possuem suas complexidades e ficam
cada vez mais visíveis a medida em que as descrições se tornam mais intensas. A
partir disso, é possível dizer que a desordem se torna revoltante, principalmente
por entender as decorrências de uma destruição insana.
O enredo expõe várias reflexões graves
sobre mentiras, transformações, amizades e muitos planejamentos, entretanto seguem
alguns questionamentos totalmente relevantes sobre o que é mais importante
nessa época presente: a população se manter em segurança ou ser livre
para tomar suas próprias escolhas.
Parece que, infelizmente, a Editora Intrínseca não tem previsão
sobre os próximos volumes e por esse motivo, talvez precise ler o exemplar em
inglês mesmo – porque eu não me agüento de curiosidade mesmo. Para quem também está
interessado (assim como eu), os próximos volumes se chamam: Fuse (Pure #2) e Burn (Pure #3).
“Pressia está deitada dentro do
armário. É onde ela dormirá quando completar dezesseis anos, dali a duas
semanas – a pressão firme do compensado escurecido apertando seus ombros, o ar
abafado, as partículas suspensas de cinzas. Ela terá que ser boa para
sobreviver a isso... Ser boa e silenciosa, e, enquanto a OBR patrulha as ruas à
noite, ficar escondida.” Pg.09
Classificação SEL: 4/5
Ainda me lembro de quando esse romance distópico foi lançado, havia uma grande onda de outros romances que seguem a mesma tendencia sendo lançados, como "Divergentes" ou "Jogos Vorazes" acabei deixando esse de lado, apesar das semelhanças com os outros dois. Acho que não estava pronta pra lidar com essas mutações, kkk, mas esse tipo de livro me atrai muitíssimo, espero em breve conseguir ler "Puros" e voltar um poucos futuros catastróficos. Parabéns e obrigada pela resenha, muito boa!
ResponderExcluirEsse livro me abriu os olhos para o gênero das distopias, foi uma surpresa e é realmente uma pena que a Intrínseca não tenha se interessado tanto a ponto de lançar a sequência, o livro é incrível.
ResponderExcluirbeijocas ;*
@pirulitolimao | A Garota da Livraria